segunda-feira, dezembro 04, 2006

Acreditando no tempo

Numa tarde de sexta-feira ela descidiu se lançar ao mar, era um dia calmo e sereno, perfeito para qualquer tipo de aventura. Mal sabia que a poucos instantes alguma coisa mudaria profundamente sua vida. E com toda coragem seguiu seu caminho.
Era forte o chamado, sentia que daquele destino não pudia escapar.
E lá se vai ela, naquele mar onde os olhos que a levava serviam como luz, a lhe guiar.
Sua única crença era a certeza do tempo.
Por um instante sentiu uma voz soprar no seu ouvido, algo que não conseguia entender... Pediu que repetisse.
Alguns minutos se passaram e de novo aquela voz, querendo se fazer entender.
- Calma! Estou te ouvindo muito baixo, tente falar mais alto.
- Sim, faça isso! Tentarei me concentrar no que está querendo dizer, parece fácil. Nesse momento estou tentado senti-lo.
Para ela, entender o que não se dizia com sons emitidos pelas cordas vocais, estava um tanto quanto distante, mas ao mesmo tempo sabia que precisaria entender.
Por horas o barco seguiu seu caminho... E ela, sentada sem acreditar naqueles sentimentos mudos, passou a refletir sobre a história que acabara de viver.
De repente por cima dela aparece um olhar forte e verdadeiro.
Não se sente assustada, mas curiosa e feliz!
Aqueles olhos falavam aos seus, dando-lhes uma certeza initerrupta.
Fez-se silêncio por seguidas horas!
De repente suas mãos começam um passeio...

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