terça-feira, dezembro 12, 2006

De frente

De frente para a frente
Em frente a sua fronte
No fronte da frente

Paralisia momentânea
Pelotão de fuzilamento
E o que pensar nessa hora?
Morte - Vida - Medo

O suor percorre seu corpo
Descontrole aparente
Desespero por todo lado
Calma para nós...

Alcançar o último som repetido no eco
Seria algo impossível

Enxergar a mudança
Dá medo
Somos seres animados
e inanimados, as vezes

Sinta,
O som ecoa a passos largos
Natural,
Alguma hora o som cala com a verdade
Não mais transita culpados ou perdoados
Não nos amamos mais
Não há questões perdidas
Ao contrário
Só achadas dentro de nós
O que vem é o que importa.

quinta-feira, dezembro 07, 2006

Estado alterado...

Acho que tem alguém ficando louco. Presta atenção! Acho que são estados alterados de comportamento devido a um choque neurocerebral... Alguém bateu a cabeça muito forte!!!!!

Uma necessidade de sentir o outro do lado quase que o tempo todo.
(- Sufocamento total!)
Sentir-se querida pelo que você é em sua essência.
(- Mas o que é isso mesmo?)
Imaginar-se uma flor desabrochando a cada olhar que se tem do parceiro.
(- A natureza é mesmo, uma coisa tão singela!)
Ficar mudo por horas e entender que o amor é mudo.
(- É melhor aprender logo a linguagem de sinais.)
Ficar escrevendo poesias como se fosse a "melhor" das escritoras.
(- O disconfiometro quebrou de vez!)
Caminhar na praia e de repente correr em direção a Lua achando que pode acansá-la.
(- O ápice da loucura.)
Estampar no meio da testa "eu amo alguém".
(- Solicitem a ambulância urgente!)

Me responda não seria o caso de um internamento?

segunda-feira, dezembro 04, 2006

Acreditando no tempo

Numa tarde de sexta-feira ela descidiu se lançar ao mar, era um dia calmo e sereno, perfeito para qualquer tipo de aventura. Mal sabia que a poucos instantes alguma coisa mudaria profundamente sua vida. E com toda coragem seguiu seu caminho.
Era forte o chamado, sentia que daquele destino não pudia escapar.
E lá se vai ela, naquele mar onde os olhos que a levava serviam como luz, a lhe guiar.
Sua única crença era a certeza do tempo.
Por um instante sentiu uma voz soprar no seu ouvido, algo que não conseguia entender... Pediu que repetisse.
Alguns minutos se passaram e de novo aquela voz, querendo se fazer entender.
- Calma! Estou te ouvindo muito baixo, tente falar mais alto.
- Sim, faça isso! Tentarei me concentrar no que está querendo dizer, parece fácil. Nesse momento estou tentado senti-lo.
Para ela, entender o que não se dizia com sons emitidos pelas cordas vocais, estava um tanto quanto distante, mas ao mesmo tempo sabia que precisaria entender.
Por horas o barco seguiu seu caminho... E ela, sentada sem acreditar naqueles sentimentos mudos, passou a refletir sobre a história que acabara de viver.
De repente por cima dela aparece um olhar forte e verdadeiro.
Não se sente assustada, mas curiosa e feliz!
Aqueles olhos falavam aos seus, dando-lhes uma certeza initerrupta.
Fez-se silêncio por seguidas horas!
De repente suas mãos começam um passeio...